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ABIC en­tre­ga abai­xo-as­si­na­do con­tra ta­xa de doutoramento

A Associação dos Bolseiros de Investigação Científica (ABIC) en­tre­gou na pas­sa­da quin­ta-fei­ra, dia 2 de ju­nho, um abai­xo-as­si­na­do ao Vice-Reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, con­tra a in­tro­du­ção de uma ta­xa pa­ra en­tre­ga da te­se de dou­to­ra­men­to. O do­cu­men­to, que con­ta com qua­se 200 subs­cri­to­res, de­mons­tra o de­sa­gra­do com es­ta me­di­da e re­quer a sua re­vo­ga­ção imediata. 

Considerando que a for­ma­ção de no­vos dou­to­res é uma con­di­ção im­pres­cin­dí­vel pa­ra o re­for­ço da qua­li­da­de dos re­cur­sos hu­ma­nos da uni­ver­si­da­de e pa­ra o seu pres­tí­gio jun­to da co­mu­ni­da­de, bem co­mo pa­ra o avan­ço da qua­li­da­de da Ciência e Tecnologia do país, a ta­xa que re­cen­te­men­te foi anun­ci­a­da pe­la Universidade do Minho (UM) se­rá, cer­ta­men­te, pre­ju­di­ci­al à ob­ten­ção des­tes ob­je­ti­vos – que têm, aliás, cons­ta­do dos pro­gra­ma dos su­ces­si­vos go­ver­nos e das pró­pri­as au­to­ri­da­des europeias. 

A ABIC tem acom­pa­nha­do com mui­ta pre­o­cu­pa­ção as re­cen­tes me­di­das da UM re­la­ti­va­men­te aos bol­sei­ros de in­ves­ti­ga­ção. Depois da pu­bli­ca­ção de um des­pa­cho que pre­vê a cri­a­ção de uma no­va ta­xa de 300€ pa­ra en­tre­ga do dou­to­ra­men­to, o Reitor da UM, António Cunha, pu­bli­cou no iní­cio de maio um des­pa­cho que pre­vê que os Bolseiros de Gestão de Ciência e Tecnologia (BGCT) pas­sem a obe­de­cer às mes­mas re­gras que os tra­ba­lha­do­res não do­cen­tes da ins­ti­tui­ção, ape­sar de não usu­fruí­rem de um con­tra­to de tra­ba­lho. Este as­sun­to es­te­ve tam­bém em dis­cus­são na reu­nião da pas­sa­da quin­ta-fei­ra, ten­do a ABIC con­si­de­ra­do que exis­te um abu­so da fi­gu­ra do bol­sei­ro de in­ves­ti­ga­ção. Julgamos que, ao im­por a obri­ga­to­ri­e­da­de de um ho­rá­rio de tra­ba­lho, o re­gis­to e o con­tro­lo da as­si­dui­da­de atra­vés de da­dos bi­o­mé­tri­cos, a uni­ver­si­da­de re­co­nhe­ce aqui pos­tos de tra­ba­lho e equi­pa­ra es­tes tra­ba­lha­do­res ci­en­tí­fi­cos aos res­tan­tes fun­ci­o­ná­ri­os não-do­cen­tes. Deste mo­do, a po­si­ção da ABIC é de que a um pos­to de tra­ba­lho de­ve cor­res­pon­der um con­tra­to de trabalho.