Bolseiros querem estatuto de trabalhador efectivo
In TSF online, 24 de Julho 2006
Os bolseiros ligados à investigação científica vão encenenar uma “fuga de cérebros” no Aeroporto de Lisboa. Estes bolseiros reclamam que lhes seja dado o estatuto de trabalhador efectivo, dado que efectivamente fazem investigação científica.
Os bolseiros de investigação científica queixam-se de estar a ser empurrados para o estrangeiro e por isso encenam, esta segunda-feira, no Aeroporto de Lisboa, uma “fuga de cérebros”.
Em declarações à TSF, André Levy explicou que o objectivo desta encenação é pedir ao Governo que reconheça estes bolseiros como trabalhadores efectivo, dado que estes executam trabalho científico.
«Há anos que as instituições estão asfixiadas em termos das suas capacidades de alargarem os seus quadros e têm utilizado a figura do bolseiro como forma de ir colmatando as necessidades de ter pessoal para fazer investigação científica e para poder oferecer os serviços que os laboratórios de Estado oferecem», explicou.
Este biólogo recordou ainda que os cerca de nove mil bolseiros portugueses ligados à investigação científica não estão por isso «integrados num regime de Segurança Social que nos dê condições atractivas e dignas».
«O nosso montante de bolsas também já não é actualizado há mais de três anos. Não temos direito a férias estabelecidas pelo nosso estatuto nem acesso a cuidados de saúde implementados», concluiu.