A ABIC efectuou um inquérito durante o passado mês de Dezembro para averiguar o actual estado dos contratos de bolsa ao abrigo dos Concursos de Bolsas FCT de 2016 e de 2017.
Das 290 respostas válidas, 69 (24%) candidatos responderam que aguardam ainda resultados do recurso – 50 (17%) dos quais referentes ao concurso de bolsas de 2016 (Bolsas de Doutoramento (BD): 11; Bolsas de Pós-Doutoramento (BPD): 39) e 19 (7%) referentes ao concurso de bolsas de 2017 apenas com candidatos a BDs.
Dos que responderam com bolsa atribuída, 134 (61%) já receberam contratos (BPD 2016: 43; BD 2016: 78; BD 2017: 13) e, destes, 122 (56%) já receberam pagamentos (Concurso 2016: 120; Concurso 2017: 2). No entanto, ainda que já tendo submetido os documentos requisitados à FCT, 86 (39%) BDs de 2017 aguardam ainda assinar contrato, e 97 (44%) aguardam o início dos pagamentos dos subsídios de bolsa.
Ou seja, à data do inquérito apenas duas pessoas do Concurso de 2017 referiram já ter recebido contrato com pagamentos; além disso, havia ainda 50 à espera do resultado do recurso do Concurso de 2016 e 19 do recurso de 2017. Estes números encontram-se, porém, aquém da realidade e estima-se que o número de candidatos a aguardar resultados do recurso bem como a recepção do contrato e a percepção de pagamentos seja bastante maior.
De facto, no Concurso de 2017 foram aprovadas 903 BDs, tendo os resultados saído a 19 de Julho de 2017, e os da Audiência Prévia a 10 de Novembro (http://www.fct.pt/…/bols…/concursos/individuais2017.phtml.pt). Já no Concurso de 2016, foram recomendadas para financiamento 1253 bolsas, sendo 820 de Doutoramento e 433 de Pós-Doutoramento. Os resultados do concurso saíram a 31 de Janeiro de 2017, e os da Audiência prévia a 8 de Maio de 2017 (http://www.fct.pt/…/bols…/concursos/individuais2016.phtml.pt).
Em ambos os casos, os resultados da avaliação referente ao recurso não têm data prevista de saída, o que é ainda mais lamentável para quem fez a submissão das candidaturas em Julho de 2016.
A ABIC critica mais uma vez o atraso e a demora excessiva na saída dos resultados definitivos dos Concursos, e urge a FCT a encontrar uma solução mais célere para este processo avaliativo.